Polícia Civil apreende 60 fuzis de guerra no Aeroporto Internacional do Rio
Policiais da
Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da
Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), apreenderam, nesta quinta-feira
(1), 60 fuzis de guerra, no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional do
Rio de Janeiro. A informação é da Polícia Civil do Rio.
A operação
terminou ainda com quatro presos – 2 moradores de Niterói, um da Baixada e um
de Jacarepaguá. Segundo a corporação, são fuzis AK 47 (45 unidades), G3 (1
unidade) e AR 15 (14 unidades), vindos de Miami (EUA) dentro de containers
junto com uma carga de aquecedores para piscinas. A investigação sobre as armas
levou um ano e envolveu interceptações telefônicas.
O chefe de
Polícia, Carlos Leba e o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, deram
entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta sobre a apreensão.
“Estou tomado
pela emoção e pela indignação. Mas tenho que agradecer o trabalho da Polícia
Civil. Preciso dizer que estamos em estado de calamidade pública, oficialmente,
com uma série de serviços suspensos e falta de RAS, o que não impediu que
nossos policiais deem resposta à criminalidade. Eles demonstram amor à
profissão e compromisso”, disse Sá, lembrando de pendências nos pagamentos de
agentes.
O secretário
ainda destacou a criação da Desarme e o trabalho na apreensão de fuzis. “O
motivo da emoção é esse, a tentativa de construção de um Rio de Janeiro menos
violento. No Rio de Janeiro, traficante so tira onda de macho por conta disso,
de ter o fuzil. A hora que tiver com pistola, ele vai dar meia volta”.
Segundo Sá, a
investigação começou na Delegacia de Roubos e Furtos de cargas com a morte de
um policial. “Quantas mortes não estamos evitando com essa apreensão?”,
questionou. Posteriormente, Marcelo Martins, diretor de delegacias
especializadas, explicou que a arma usada no assassinato do policial em São
Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, também foi usada num roubo de cargas.
A partir do levantamento da origem da arma, começou a investigação que culminou
na apreensão desta quinta.
Ainda de acordo
com Sá, nos últimos 150 dias, 250 fuzis apreendidos no Rio de Janeiro. “Os
últimos 90 (60 desta quinta mais 32 da Cidade Alta em maio) sem disparar um
tiro”, observou.
“Hoje temos 60
fuzis, mas não temos certeza se não vão se tornar mais. Agradeço aos policiais,
vocês são o orgulho dessa instituição, apesar dessa grave crise”, afirmou o
chefe da Polícia Civil, Carlos Leba.
Roberto Sá
afirmou que uma informação preliminar do Instituto de Segurança Pública (ISP)
indica que a apreensão desta quinta é a maior em 10 anos. (G1)
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