Caso Iara: Reporter David Porto fala com os dois principais suspeitos de ter estuprado e matado a menor Iara da Paixão em Malhada
Nesse Sábado dia 14 de abril a
reportagem do site Alerta Bahia foi até o distrito de Canabrava, município de
Malhada, sudoeste da Bahia ver o cenário de um dos crimes mais bárbaros
que já aconteceram na região.
Caso
No dia (23) de março, começo da tarde
de sexta-feira, toda mídia regional já começava trazer um caso que ganhou
grande repercussão e chocou todos que naquele momento tiveram acesso a seguinte
notícia;
“Criança
é encontrada dentro de valeta com graves ferimentos em Malhada”.
Quatro dias depois de muita torcida,
oração, desespero e expectativa, chegam a público a chocante notícia;
“Criança
de (11) anos que foi agredida em Malhada não resiste e morre em Hospital de
Guanambi”.
A morte da criança de nome Iara da
Paixão Souza mexeu com a mídia, polícia, família e toda população, porém até a
seguinte data, o crime ainda não foi elucidado.
A
última informação até o momento
“A Polícia Civil está investigando o
caso, e existem duas pessoas que são os principais suspeitos”, pelo menos (06)
envolvidos já foram interrogados.
Muitos veículos de comunicação, tanto
local quando regional, já pedem mais rapidez nas investigações e dizem que o
crime não pode ficar em pune.
Diante de tantos boatos e dúvidas, o site Alerta Bahia enviou repórteres até a família da
vítima e até os dois principais suspeitos do caso, sendo eles Joaquim da Silva
e um menor (M. S. M) de 16 anos que com autorização de um familiar responsável
falou com nossa equipe.
O
caso narrado pela família
A família de Iara disse que a criança
pegou a bicicleta e foi até a casa de (M.S.M) para encher o pneu, após
concluir, perguntou o menino se não ia também, já que estudavam na mesma
escola, o jovem disse que ia almoçar e depois seguiria.
A mãe da menina, Eliane Paixão conta
que Iara saiu, logo depois o menino também passou atrás com sua bicicleta, após
poucos minutos o menor já chegava trazendo a notícia de que a menina estava
toda machucada dentro de uma valeta próximo ao ‘Riacho de Tindão’, local do
crime.
A versão da mãe da menina e do
cidadão que socorreu a criança são idênticas, e ele também confirma que o
(M.S.N) passou alguns minutos depois de Iara.
Porque
Joaquim estaria sendo um dos suspeitos.
Diante da versão trazida pela
família, Joaquim Silva estaria como suspeito porque um alguém teria visto ele
com um boné sujo de sangue e arranhões pelo corpo, e após o crime saiu uma
acusação de tentativa de estupro contra o mesmo, além de ser levado em
consideração que reside próximo ao local.
Já o Joaquim diz que está como
suspeito porque no dia do ocorrido ele teria adentrado em uma viatura para
auxiliar os policiais, alguém viu e pensou que estava detido, a partir daí
ligaram para familiares em São Paulo dizendo que ele era o criminoso, pois a
polícia tinha o pegado, assim essa versão foi repercutida.
Porque
(M.S.M) estaria sendo um dos suspeitos.
A família diz que o menor é tido como
suspeito, pois ele foi quem saiu logo em seguida após a menina, e também alegam
que o mesmo andou trocando algumas versões do caso para pessoas, ex: narrou a
situação de uma forma para o cidadão que socorreu a menina e para Eliane contou
de forma diferente. Além disso, ele teria sido o único que foi visto passando
depois dela pela estrada e após o ocorrido foi em casa trocar de roupa.
A mãe da menina disse que não sabia
de nenhuma desavença entre Iara e o menor.
O menor relatou que acredita está
como suspeito, pois foi ele quem encontrou a vítima.
O
que populares comentam sobre os dois suspeitos, deixando bem claro que é somente citações de terceiros.
Os comentários que circulam por
pessoas do município é que o Joaquim é suspeito porque havia cometido crimes
anteriormente, estava sujo de sangue no dia do ocorrido e já havia tentado
estuprar pessoas antes.
Já sobre o menor, é dito que ele
teria mudado diversas vezes de versão, como acima citado, além de desconfiarem
do fato de ele ter pedido ajuda em uma casa que fica bem mais distante do
local, sendo que em um caso como esse, uma pessoa a ver alguém naquelas
situações pediria ajuda no local mais próximo, dando a impressão que só falou
porque o cidadão teria sido o único além da mãe que viu o menor passar depois
da menina.
Fala
de Joaquim
O repórter perguntou a Joaquim sobre
as alegações que eram levantadas sobre ele, e deu a oportunidade de comentar
sobre as acusações, assim como foi dado ao menor.
A ele foi questionado se confirma a
versão de populares da qual o mesmo estava com roupas sujas de sangue e com
arranhões. Perguntou qual foi o momento que ele ficou sabendo do ocorrido, se é
verdade que já cometeu crimes relacionados a estupro, se realmente vinha
ameaçando pessoas para não comentarem sobre o caso, se existiam realmente malas
prontas em algum lugar para uma eventual fuga, e se ele tinha armas em casa.
Segundo o homem, nada disso que o
acusa é verdade, começou narrando como o caso aconteceu, relatou que só ficou
sabendo do crime depois de um bom tempo e inclusive por um tio da própria
vítima, falou que nunca teve bonés de cor branca como o descrito nas conversas,
afirmou que não está nem saindo de casa, por esse motivo não teria como ameaçar
ninguém, sobre as malas ele negou, e comentou que se fugisse estaria colocando
sobre se a culpa de um crime que não cometeu, quanto a ele ter cometido antes
crimes ou não, o homem respondeu.
“Não tenho crime algum sobre minha
ficha, veja bem, jogaram sobre mim os olhares da comunidade, mim maquiaram como
um monstro, é isso o que muita gente está achando de mim, eu corro perigo, não
durmo, tenho pra mim que a qualquer momento alguém vai entrar e mim matar
achando que sou o criminoso, tenho família, os vizinhos mim conhecem, depois
que mim apontaram como suspeito, a Polícia Militar já veio aqui, as polícias
pegaram meus documento e puxaram minha ficha, passei todas as informações sobre
mim e por onde já trabalhei, tiraram minha foto e enviaram para todos os
estados, se caso eu tivesse crimes ou mandados, já tinham encontrado e mim
prendido. Nunca abusei de ninguém e não tinha motivos para fazer isso, estou
aqui, sempre estarei à disposição da justiça para qualquer esclarecimento, é
difícil de mais pra mim, só ainda não enlouqueci porque mim apego a Deus, é
muito joelho no chão para suportar isso, ser acusado por algo que você não fez
e ter uma parte da comunidade acreditando que você é um monstro dói demais”,
disse Joaquim.
Da mesma forma o menor trouxe sua
versão.
“Eu estava aqui em casa terminei o
que tinha de fazer peguei minha bicicleta e fui pra escola como sempre fiz, e
quando cheguei próximo ouvi os gemidos dela, olhei e vi ela, foi então que
voltei para pedir ajuda”, disse.
Questionamos o porquê ele não pediu
ajuda nas residências mais próximas do local, e segundo ele só pediu ajuda mais
distante porque foi o único lugar que ele avistou alguém.
(M.S.M) confirmou que a menina tinha
ido em sua casa encher o pneu, confirmou que foi depois da menina para a
escola.
Membros da família de Iara
confirmaram a fala de Joaquim, a qual ele teria sido avisado por um tio da
menina depois do ocorrido.
Quanto
à investigação
O Alerta Bahia procurou a delegada
responsável pelo caso, Dra. Virgínia Aranha, ela disse que as informações sobre
o caso seriam dadas pela coordenadoria, então falamos com Dr. Clécio Magalhães,
coordenador da 22ª COORPIN, e segundo ele, as únicas informações que podem ser
passadas, é que o inquérito está aberto e sobre investigação, como já é de
conhecimento da população.
Populares de Canabrava não quiseram
comentar muito sobre o caso, mas mostraram indignação. (Informações do Alerta
Bahia)
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