Mulher que matou a boquirense Andressa em São Paulo foi presa na noite desta sexta-feira (19)
A
família da jovem de 22 anos que morreu após ser atingida por um tiro acidental,
durante uma briga entre um casal de amigos, em Mongaguá, no litoral de São
Paulo, há cerca de um ano, vinha acompanhando a vida da mulher que a matou por meio
das redes sociais. Na noite desta sexta-feira (19), após verem, em um
'check-in', que ela estava em um shopping de São Caetano (SP), os familiares
avisaram a polícia, que conseguiu prender a suspeita.
O
homicídio ocorreu em outubro de 2017, enquanto sete amigos de Diadema (SP)
estavam reunidos em uma casa de veraneio no bairro Balneário Vila Seabra. Eles
combinaram de passar o fim de semana no litoral. Durante uma discussão com o
marido, Zilma Rodrigues do Amaral, de 38 anos, sacou uma arma e, segundo
apurado, atirou acidentalmente em Andressa Silva Gouveia, que foi atingida no
peito. A jovem foi socorrida e levada para o Pronto-Socorro de Mongaguá, mas
não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois.
Zilma
e o marido, que seria o dono do revólver, fugiram após o crime. Eles não
conheciam Andressa, que havia sido convidada para a viagem por uma amiga em
comum. No momento em que foi atingida pelo projétil, a jovem cuidava dos filhos
do casal, que estavam em uma piscina no imóvel.
Ao
G1, a família disse 'monitorar' as redes sociais da suspeita, que estava com a
prisão preventiva decretada, desde o crime. "Desde quando a minha filha
morreu, eu vivo 24 horas procurando essa mulher. A gente ia atrás dela em todos
os lugares, mas nunca achamos", conta a mãe de Andressa, Eunice Maria da
Silva.
A
mãe contou que a localização da suspeita foi descoberta quando a filha postou
no Instagram que estava em um restaurante. "A filha dela postou, e o meu
marido me ligou avisando. Saí de casa feito louca, fui de Diadema até São
Caetano. Quando cheguei lá, o restaurante tinha fechado, mas eu expliquei tudo
ao gerente, mostrei uma foto dela, e ele me disse que eu podia chamar a
polícia, pois ela estava lá dentro", explica.
A
polícia chegou ao local, e Zilma foi presa por homicídio. Na manhã deste sábado
(20), a suspeita passou por audiência de custódia, e deverá permanecer detida.
Crime
Quando
foi atingida pelo tiro, Andressa estava perto da piscina, cuidando dos filhos
da atiradora. Após o disparo, Andressa foi socorrida e levada para o
Pronto-Socorro de Mongaguá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco
tempo depois. O delegado Marcos Roberto da Silva, que registrou a ocorrência,
identificou a turista Zilma como a suspeita de ter atirado contra a jovem.
A
mulher brigava com o marido, Alexandre Antonio dos Santos, que era o dono da
arma. "Ela deu um tiro em direção ao companheiro e acertou uma moça que
estava sentada em uma cadeira perto da piscina. Um dos homens que estava lá foi
para cima dela e tirou a arma. Ela fugiu, foi embora".
Zilma,
segundo testemunhas, saiu acompanhada do marido e dos três filhos, caminhando
pela rua. “Eu ouvi todo mundo, mandei perícia no local. Todos eles não quiseram
se envolver muito no assunto. O problema é que a arma desapareceu",
explicou o delegado à época. "Ela, quando atirou em direção ao
companheiro, cometeu uma tentativa de homicídio, mas acertou uma pessoa que não
tinha nada a ver com isso. Ela deve responder por homicídio doloso”, afirmou. (G1
Santos)
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