Botuporã BA: Cochonilha do Carmim destrói fazenda de palma no município.
A
cochonilha do carmim, Dactylopius opunteae, é um inseto que se alimenta da
seiva das palmas e além de sugar pode introduzir vírus e toxinas que deixam a
planta amarela e murcha, podendo destruir a palma forrageira dentro de poucos
meses se não for combatida rapidamente.
A
melhor forma de identificar a praga é verificando a presença de flocos brancos
(colônias) nas raquetes da palma, que ao esmaga-las há a liberação de um
líquido avermelhado.
Esta
praga já destruiu plantações de palma nos estados da Paraíba, Ceará e
Pernambuco. Diante disto, os órgãos de defesa agropecuária intensificaram a
fiscalização de entrada de matérias que possam trazer a praga para a Bahia.
Os
primeiros focos desta praga no Estado da Bahia foram identificados na região de
Paulo Afonso, mais precisamente no município de Glória no inicio do ano 2017.
O
município de Botuporã tem a pecuária como sua principal fonte de renda e a
palma forrageira, variedade gigante, como a principal fonte de alimento para o
rebanho bovino, devido esta planta ser resistente a longos períodos de
estiagem.
A
chegada da cochonilha do carmim neste município, no inicio de 2018, vem
causando elevados danos econômicos aos agricultores; muitos são obrigados a
erradicar toda plantação afetada. A palma forrageira da variedade Gigante é
cultivada na maioria das propriedades rurais, fato que favorece o avanço da
praga e dificulta o controle. Um dos afetados é o pecuarista o Sr. Edimilson
Antônio Saraiva, que possuía uma área de 8,5 hectares de palma forrageira na
fazenda ABC, que servia de alimento para os rebanhos, leiteiro e de corte, nos
meses de escassez de pastagem. O pecuarista estima um prejuízo de aproximadamente
180.000,00 reais (Custos com implantação, manejo, erradicação e material
forrageiro perdido).
Algumas
medidas de contenção e convívio com a praga vêm sendo adotadas pelo governo do
estado em parceria com órgãos locais, Sindicato, Associações, como: Palestra
sobre a praga, variedades resistentes (Palma Miúda, Mão de Moça, Orelha de
Elefante Mexicana) e plantio adensado; erradicação de focos, distribuição de
mudas de palma Miúda. Os agricultores também estão se movimentando substituindo
a palma Gigante por variedades resistentes à praga com recursos próprios.
(Fonte: Blog Santiago Santos)
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