Orçamento de 2019 é aprovado com salário mínimo de R$ 1.006
O
Congresso Nacional, em sessão conjunta de deputados e senadores, aprovou nesta
quarta-feira (19) a proposta orçamentária para a União de 2019, com as receitas
e despesas previstas para o ano que vem. Será o primeiro Orçamento da gestão do
presidente eleito, Jair Bolsonaro.
O
texto segue agora para sanção presidencial. Na prática, como o prazo final para
a sanção ou veto deverá ser no começo janeiro, a decisão poderá ficar nas mãos
do presidente eleito.
A
proposta, relatada pelo senador Waldemir Moka (MDB-MS), prevê receitas e
despesas totais para o ano que vem de R$ 3,381 trilhões.
O
texto considera que o déficit nas contas públicas pode chegar a R$ 139 bilhões,
o equivalente a 1,9% do PIB.
Na
área das despesas, os gastos com a Previdência lideram – R$ 637,9 bilhões.
Gastos com pessoal somam R$ 351,4 bilhões.
A
dotação prevista para o Bolsa-Família em 2019 é de R$ 29,5 bilhões - o texto
reduziu o montante previsto para o programa que está condicionado a aprovação
de créditos: esse valor passou para 5,7 bilhões.
O
Mais Médicos terá R$ 3,7 bilhões no ano que vem. Já o programa Minha Casa,
Minha Vida terá prevista dotação de R$ 4,6 bilhões.
Os
investimentos vão alcançar R$ 38,9 bilhões. Os benefícios fiscais – renúncias
de tributos e subsídios, por exemplo – devem somar R$ 376,2 bilhões no ano que
vem, valor que corresponde a 5,1% do PIB.
Salário mínimo
O
salário mínimo previsto é de R$ 1.006, conforme valor proposto pelo Poder
Executivo em agosto, quando o projeto foi enviado ao Legislativo. O valor
definitivo para 2019, no entanto, só será oficializado em decreto editado pelo
governo em primeiro de janeiro.
O
novo salário, por lei, é calculado a partir de uma fórmula que leva em conta o
crescimento do PIB e a variação do INPC, índice que mede a inflação.
Atualmente, o mínimo está em R$ 954.
Reajuste de agentes comunitários
O
Orçamento prevê recursos da ordem de R$ 600 milhões para custear o piso
salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias.
Reajuste dos servidores
O
texto também prevê os recursos para o reajuste dos servidores públicos. Havia
uma medida provisória que adiava o benefício para 2020. No entanto, o ministro
Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma decisão liminar
(provisória) nesta quarta (19) suspendendo a validade da medida.
Regra de ouro
O
texto reduziu de R$ 258,2 bilhões para R$ 248,9 bilhões o valor do crédito
extra que o governo terá de pedir ao Congresso para pagar despesas correntes no
ano que vem.
Fundo Partidário
A
proposta de Orçamento aprovada pelos parlamentares prevê dotação de R$ 927,7
milhões para 2019 para o Fundo Partidário (verba pública destinada à manutenção
das legendas). Esse valor já constava da proposta inicial, enviada pelo Poder
Executivo. Neste ano, a verba prevista para o Fundo Partidário somou R$ 888,7
milhões.
Cenário macroecônomico
O
texto considerou, como parâmetros econômicos: crescimento do PIB de 2,5%;
inflação de 4,25%; taxa Selic de 8,0% e dólar a R$ 3,66. O parecer conclui que
as despesas estão previstas considerando o teto de gastos. (G1)
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