Bahia alcançará primeiro lugar em geração eólica em 2019
Os bons ventos que levaram desenvolvimento
econômico e social, em especial, para a região do semiárido baiano nos últimos
10 anos, farão a Bahia alcançar o primeiro lugar em geração eólica em algumas
semanas, ultrapassando o Rio Grande do Norte, de acordo com dados da Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O Estado encerrou o ano de 2018 na
contagem regressiva para a chegada ao primeiro lugar em geração eólica, posição
que já ocupa no ranking de geração de energia solar fotovoltaica.
Com o melhor potencial solar do país, a
Bahia investiu mais de R$ 13,06 bilhões em energias renováveis nos últimos
quatro anos. A energia eólica foi responsável pelo investimento de R$ 9,93 bi
com a implantação de 102 parques (2.634 MW) e a geração aproximada de 39,1 mil
empregos em toda a cadeia produtiva. Já a energia solar fotovoltaica investiu
R$ 3,13 bi, para implantação de 24 parques (606,2 MW), que geraram
aproximadamente 15,3 mil empregos.
Segundo a secretária de Desenvolvimento
Econômico (SDE), Luiza Maia, as energias renováveis são um bom exemplo do
constante esforço feito pelo Governo do Estado na interiorização dos
investimentos, em especial nas regiões mais secas e carentes, como o semiárido.
“A Bahia foi abençoada com ventos constantes e unidirecionais e um excelente
nível de radiação solar. O que o governo tem feito é incentivar e desenvolver
essas vocações naturais na busca de alternativas limpas para geração de emprego
e renda”, afirma.
A secretária lembra que o documento PIB
dos municípios baianos (2015-2016) divulgado, em dezembro, pela
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria
com o IBGE, revelou que os municípios de Gentio do Ouro e Tabocas do Brejo
Velho destacaram-se positivamente na análise do ranking de participação do PIB
nacional, graças às energias renováveis que impactaram de forma positiva esses
e outros municípios.
Boas perspectivas para o futuro
As perspectivas continuam positivas
para o segmento que prevê a continuidade nos investimentos. A previsão para a
energia solar fotovoltaica é de crescimento. Até 2021, mais 5 parques devem
entrar em operação com um total de 124,6 MW e perspectiva de investimento de R$
738,5 milhões.
Quando analisados os números de usinas
eólicas com previsão de instalação, a Bahia sai em disparada na frente. Enquanto
o Rio Grande do Norte tem previsão de instalar mais 33 novas usinas (823,8 MW),
o estado baiano irá colocar em operação mais 96 parques (1.781,8 MW) até 2023.
Serão investidos em torno de R$ 7,49 bilhões, que vão gerar aproximadamente
26,7 mil empregos em toda a cadeia produtiva.
De acordo com dados da SDE, quando os
96 parques estiverem implantados e forem somados aos atuais 135 em operação,
serão mais de 5GW, a partir da fonte eólica, injetados na rede, capazes de
suprir a necessidade de 16 milhões de residências/mês, considerando que a média
de consumo de residências do Nordeste é de 120kWh/mês, segundo o Consumo Mensal
de Energia Elétrica por Classe definido pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE).
Energia Eólica
A Engie Brasil Energia é uma das empresas
que investem na Bahia e vai contribuir para que o Estado alcance o primeiro
lugar em geração. Localizados nos municípios de Sento Sé e Umburanas, o
Complexo Eólico Campo Largo, formado por 11 usinas, está prestes a operar
comercialmente em sua totalidade, disponibilizando 326,7 MW de capacidade
instalada. Já o Complexo Eólico Umburanas/BA, cuja primeira
fase é composta por 18 Centrais Eólicas, está com 80% das obras concluída e tem
a expectativa de iniciar a operação comercial ainda em 2018, disponibilizando
mais 360 MW de capacidade instalada.
De acordo com o diretor-presidente da
Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, a implantação dos complexos na Bahia
representou um grande desafio à empresa, superado com muito esforço e empenho
de equipes que se dedicaram integralmente a estes que foram os primeiros
empreendimentos da empresa no estado. “Nosso próximo passo será ampliar o
Complexo Campo Largo, que já tem investimento viabilizado por meio da
assinatura de mais de 60 contratos de comercialização de energia com clientes
no Mercado Livre. Esta ampliação, também com 360 MW de capacidade instalada,
conta com investimento estimado em R$ 1,7 bilhão”, afirma.
Sattamini explica que com esta segunda
fase, a Engie ultrapassará 1.000 MW de capacidade instalada em energia eólica
só no Estado da Bahia. “O aumento da participação das fontes solar e eólica na
matriz energética brasileira é uma realidade irreversível, o que apenas
confirma nossa decisão acertada de investir no segmento de energias renováveis
há mais de uma década”.
Energia Solar
Segundo lugar no ranking de geração
solar fotovoltaica na Bahia, a Atlas Renewable Energy planeja em breve alcançar
a liderança na geração desta fonte no Estado. Braço de energia renovável da
empresa de investimentos britânica Actis, a Atlas foi responsável pela primeira
subestação de energia solar 100% digital da América Latina em pleno sertão
baiano, com a operação das usinas Juazeiro I, II, III e IV (155 MW), no
município que leva o mesmo nome. A empresa é proprietária também de mais duas
usinas na região de Bom Jesus da Lapa, São Pedro II e IV (67
MW).
De acordo com Danilo Mesquita, Gerente
Ambiental da Atlas Renewable Energy, a intenção é de continuar investindo na
Bahia. A empresa tem a perspectiva de começar, em março a construção de quatro
usinas no município de Barreiras, com 117 MW de capacidade instalada. “As
empresas de energia solar fotovoltaica se instalam em terras que passam por
longos períodos de estiagem e empreendimentos como o nosso movimentam a
economia em diversas fases, como prospecção de área, arrendamento e construção
e operação. É gratificante desenvolver trabalhos sócios ambientais, programa de
comunicação social e ver a transformação nos territórios de atuação da
empresa”, afirma. (Ascom/SDE)
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