Jovem de Mata de São João-BA desaparecido após tragédia em Brumadinho é achado morto, diz família
O
jovem Cássio Cruz Silva Pereira, de 27 anos, que estava entre os baianos
desaparecidos na tragédia de Brumadinho (MG), foi encontrado morto na manhã
deste sábado (23).
De
acordo com a esposa da vítima, Daniela Pereira, Cássio foi achado na área
atingida após o rompimento da barragem de rejeitos minerais da Vale, ocorrido
no dia 25 de janeiro. No entanto, ela não soube precisar em qual parte.
O
baiano era da cidade de Mata de São João, na região metropolitana de Salvador.
Contudo, segundo Daniela, o sepultamento foi realizado na cidade de Mário
Campos (MG), onde a família mora, na tarde deste sábado.
A
mulher, que também é baiana, contou que não pôde participar do enterro porque
está em Mata de São João, com o filho do casal, de 4 anos. Daniela voltou para
a Bahia após a tragédia e informou à reportagem que não pretende voltar para
Minas Gerais.
Daniela
e Cássio eram casados há quase 5 anos. O casal foi para Mário Campos (MG) há 3
anos. O pai de Cássio já morava na cidade há algum tempo.
Cássio
era funcionário de uma terceirizada da Vale, junto com o pai, Carlos Augusto
Santos Pereira, de 49 anos.
Além
de Carlos, Alex Mário Moraes Bispo, de 22 anos, e o tio Ademário Bispo, de 51,
naturais da cidade de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia, estão desaparecidos.
Outros
três baianos foram encontrados mortos na tragédia. O primeiro deles foi
Ednilson dos Santos Cruz, de 23 anos, que foi localizado em 29 de janeiro. O
segundo foi Tiago Coutinho do Carmo, de 34 anos, que foi encontrado em 17 de
fevereiro. O terceiro foi George Conceição de Oliveira, de idade não divulgada,
que foi achado em 19 de fevereiro.
Tragédia
O
rompimento da barragem de rejeitos ocorreu no dia 25 de janeiro e atingiu o
Córrego do Feijão, em Brumadinho. Por onde a lama passou, deixou um rastro de
sujeira e pessoas mortas e desaparecidas. Além das instalações da Vale, uma
pousada e algumas casas foram destruídas.
Contudo,
o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, diz que os principais atingidos são
funcionários da empresa. Eles estavam em horário de almoço no momento da
tragédia, e o refeitório do local foi destruído pela lama.
Mais
de 170 pessoas já foram encontradas mortas. Outras cerca de 130 estão
desaparecidas. As buscas seguem na região. (G1/BA)
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