MPF recomenda que Boquira, Macaúbas, e mais 22 municípios baianos implante educação especializada e acessibilidade para estudantes com deficiência.
Vista parcial da cidade de Boquira-BA |
O
Ministério Público Federal em Bom Jesus da Lapa (BA) enviou recomendações para
que cada um dos 24 municípios de sua área de abrangência, Bom Jesus da Lapa, Boquira, Brotas de Macaúbas, Canápolis,
Cocos, Coribe, Correntina, Feira da Mata, Ibipitanga, Ibotirama, Igaporã,
Ipupiara, Jaborandi, Macaúbas, Morpará, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga,
Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória, São Félix do Coribe, Serra do
Ramalho, Serra Dourada, Sítio do Mato e Tabocas do Brejo Velho. para sanar
questões pelo órgão competente no oeste da Bahia, desenvolva um projeto
pedagógico especializado e ações de adaptação nas unidades escolares para
crianças e adolescentes com deficiência residentes no
município.
A
recomendação, destinada aos prefeitos, pretende assegurar os direitos previstos
pela Constituição e pela Lei Brasileira de Inclusão, bem como por outras normas
brasileiras e tratados internacionais.
Os
documentos foram expedidos em 19 de dezembro do ano passado. Até a terceira
semana de fevereiro, dez municípios responderam à recomendação informando que
acatarão as medidas propostas: Canápolis, Côcos, Correntina, Feira da Mata,
Ibipitanga, Ibotirama, Ipupiara, Morpará, Paratinga, Serra
Dourada.
No inquérito civil nº 1.14.009.000088/2017-95,
foi apurado que, em vários dos municípios que foram alvo das recomendações, não
há prestação educacional e profissionais especializados para alunos com
deficiências, além de não terem programas de integração e instituições sem fins
lucrativos do setor privado dedicadas à educação especial. Nas recomendações, o
MPF requer que, em 90 dias, cada prefeitura promova um levantamento e
cadastramento de crianças e adolescentes com deficiência no município. Também
recomenda que o município, em até 180 dias, com apoio de entidades de sua
escolha, desenvolva um projeto pedagógico com corpo docente, materiais e
profissionais especializados.
Outra exigência do MPF é que sejam feitas
adaptações nas escolas para garantir a acessibilidade desses alunos e que as
prefeituras executem um projeto pedagógico especializado e individual, com
apoio de professores e profissionais da educação capacitados, além de
trabalharem para eliminar a discriminação contra pessoas com deficiência,
inclusive nas escolas, promovendo um ambiente de inclusão para esses
estudantes.
O procurador da República Adnilson Gonçalves
da Silva esclarece que um sistema educacional inclusivo é um direito assegurado
na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. O
Brasil é país-membro e firmou compromisso de assegurar igualdade de oportunidades
às crianças com necessidades especiais, além de executar medidas para
conscientização da sociedade sobre as condições das crianças com
deficiência.
A
recomendação conferiu um prazo de 20 dias para que cada prefeitura responda ao
MPF se acatará as medidas apresentando, em hipótese negativa, os respectivos
fundamentos.
A
adoção da recomendação pelo seu destinatário pode evitar que ele seja acionado
judicialmente. (Fonte: MPF)
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