Sul da Bahia: Paciente é morto com 12 tiros durante transferência em ambulância
Um
traficante de 23 anos foi morto com 12 tiros na BA-018, nesta quarta-feira
(26), enquanto era transferido em uma ambulância da cidade de Canavieiras para
Ilhéus, no sul da Bahia. Ele foi atacado com uma pistola 380.
Clebys
Martins da SIilva, conhecido como “Negueba”, tinha três passagens pela polícia
por tráfico de drogas e uma por latrocínio (roubo seguido de morte) contra um
mototaxista, quando ainda era adolescente, em junho de 2015 – este crime gerou
revolta na população, que incendiou ônibus e apedrejou a delegacia.
Segundo
a Polícia Civil, Negueba foi morto por quatro homens encapuzados que estavam em
um veículo branco, estacionado a cerca de 18 km da cidade, onde há lombadas que
obrigam o condutor a reduzir a velocidade.
Na
ambulância, além de Negueba, estavam o motorista, uma enfermeira e a mãe do
traficante, Selma Martins, 62, que ainda tentou evitar que o filho fosse morto,
mas acabou levando um tiro na mão direita para que saísse da frente.
Horas
antes de ser morto, o traficante também foi vítima de tentativa de homicídio.
Ele levou um tiro na mão esquerda nas proximidades da casa onde morava, no
bairro Sócrates N, zona periférica da cidade de 31 mil habitantes.
No
Hospital Municipal Régis Pacheco, em Canavieiras, o médico de plantão avaliou
que Negueba precisava passar por uma cirurgia ortopédica e o encaminhou para o
Hospital Regional da Costa do Cacau, em Ilhéus.
Segundo
a polícia, antes de ser baleado na mão o traficante foi visto vendendo drogas
na entrada da cidade e foi em casa buscar mais entorpecentes para
comercializá-los, quando foi atingido por um pedestre não identificado.
A
provável motivação do homicídio é que Negueba tinha dívidas com traficantes.
“Ficamos sabendo que ele vendia a droga e não repassava o dinheiro aos
fornecedores”, disse o delegado Renato Fernandes Ribeiro, de Canavieiras.
Segundo
o delegado, ao menos um participante do crime já identificado. “Obtivemos a
informação de que tinha um homem no hospital monitorando a situação,
provavelmente ele sabia da transferência e montou a emboscada”, contou.
No
carro usado pelos homicidas de Negueba estava ainda um motorista. Ninguém foi
identificado até o momento. Por enquanto, a polícia descarta que Negueba tenha
sido morto por vingança pelo assassinato do mototaxista em 2015.
Na
época, Negueba e outro adolescente levaram a vítima para um uma área de mangue,
o amarraram numa árvore e deram um tiro na cabeça, por trás. Depois, usaram a
moto para cometer um assalto em um mercado.
Apreendidos,
eles confessaram o crime e Negueba foi transferido para a Casa de Acolhimento
Socioeducativo (Case), em Salvador, onde ficou até os 21 anos. Na volta para
Canavieiras, passou a traficar drogas, segundo a polícia.
“Não
tem um mês que ele foi preso por mim, pela terceira vez, por tráfico de drogas.
Já tinha representado pela prisão preventiva dele, inclusive, porque um cidadão
como ele não tinha como estar solto na sociedade”, disse o delegado.
(Correio24h)
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