Barreiras: Pesquisadores desenvolvem mandiocas biofortificadas e coloridas
Pesquisadores
de uma faculdade em Barreiras, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), está desenvolvendo um projeto de pesquisa e extensão
rural onde plantam mandiocas biofortificadas e são colhidas coloridas em Barreiras,
na região oeste da Bahia.
A
mandioca se adapta bem ao clima quente do oeste baiano, mas a produtividade
média de 8 toneladas por hectare precisa melhorar. Uma alternativa para mudar
este quadro é investir em variedades modificadas geneticamente.
O
tempo de cultivo das raízes biofortificadas é praticamente o mesmo de uma
mandioca comum, durando, em média, 10 meses. Esse tempo pode variar de acordo
com a qualidade do solo, a luminosidade e a quantidade de água nas plantas.
O
tamanho dos pés, o manejo, o controle das pragas e a irrigação, são quase que
da mesma forma que o plantio convencional. Atualmente, são testados 10 tipos
diferentes da raiz em Barreiras, que levam, em média, quase um ano para serem
colhidas.
"O
melhoramento genético nada mais é do que transformar essas plantas, de modo que
ela seja mais produtiva, mais resistente à doença, resulta mais renda para o
produtor, que é o objetivo desse nosso trabalho", explicou Geraldo Carneiro,
pesquisador da Embrapa.
Com
essa modificação, há mandiocas rosadas, em creme, amareladas. O professor
universitário, Jorge Silva Junior, é o coordenador do experimento e toda a
condução foi feita por um grupo de alunos do curso de engenharia agronômica.
"A
gente vê os materiais de outras colorações e verifica que elas são enriquecidas
de ingredientes diferentes, que podem servir para não só a mandioca em si, mas
também como outros produtos. Um dos nossos focos é difundir esse
diferente", disse Jorge.
A
mandioca que é desenvolvida tem um alto poder nutritivo. No desenvolvimento das
variedades, a Embrapa investiu em pesquisas que permitem que as mandiocas
biofosforadas sejam enriquecidas com substâncias que, nas outras mais comuns,
tem uma quantidade menor dos ingredientes.
"O
desafio maior agora da gente é passar isso para o consumidor, o produtor, para
poder ter esse conhecimento e começar a vender, expandir, consumindo
também", contou a universitária Maria Marta Carvalho.
A
engenheira agrônoma Carla Xavier contou que faz diversas receitas na cozinha e
todas levam a mandioca como ingrediente principal.
"Para
a alimentação escolar vem só a somar. Junto à universidade e à Embrapa, a gente
vem buscando desenvolver esses trabalhos e levar ao principal interessado, que
vai multiplicar isso e colocar no mercado, que é o agricultor", disse
Carla.
O
projeto ainda vai passar por outras etapas até que as mandiocas coloridas e
mais nutritivas possam ser vendidas no mercado.
"A gente está bastante entusiasmado achando que está no caminho certo, conseguindo identificar esses materiais que são mais promissores e daqui para frente fazer a divulgação deles que são melhores", completou o pesquisador Geraldo. (Fonte: G1 Bahia)
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