No semi-intensivo do Sírio-Libanês, prefeito de Conquista Herzem é cuidado pela melhor equipe do país
O
prefeito da cidade baiana de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão, permanece
internado na unidade semi-intensiva do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em
tratamento das complicações causadas pela Covid-19. Segundo o boletim divulgado
na tarde desta segunda-feira (28), ele recebe medicação e apresenta o quadro
clínico estável.
Herzem,
de 72 anos, foi internado, inicialmente, em Vitória da Conquista, pouco mais de
uma semana após ser diagnosticado com a doença. Ele chegou a usar um cateter
com oxigênio, mas foi transferido para São Paulo, no sábado (26), respirando
sem ajuda de equipamentos.
Médicos
estão entre os mais renomados do país
Após
dar entrada no Hospital Sírio-Libanês, em SP, o prefeito Herzem Gusmão ficou
aos cuidados de 3 dos mais renomados médicos brasileiros, Prof. Dr. Roberto
Kalil, Prof. Dr. Carlos Carvalho e Prof. Dr. David Uip. Eles foram os primeiros
no país a terem contato com a “paciente zero”, um mulher declarada primeira
infectada por Covid-19 em território nacional. Eles também auxiliaram na
criação dos primeiros protocolos médicos de tratamento da infecção. Kalil e Uip
já contraíram Covid-19 e foram curados por este mesmo protocolo que criaram.
Roberto
Kalil Filho fez a sua graduação em medicina na Universidade de Santo Amaro
(Unisa), formando-se em 1985. Nos quatro anos seguintes, fez residência médica
no Hospital das Clínicas e no Instituto do Coração, com especialização em
clínica médica e em Cardiologia. Logo após o término da residência, Kalil foi
para os Estados Unidos, onde, na Universidade Johns Hopkins por três anos, fez
pesquisa básica e publicou trabalhos na área de doença coronária em revistas
internacionais, concluindo seu doutorado e pós-doutorado. Após sua estada nos
EUA, ele trouxe a técnica da ressonância magnética cardíaca para o Brasil.
Também é orientador da pós-graduação da cardiologia da FMUSP, lidera pesquisas
nacionais e internacionais em cardio-oncologia, doença coronária e imagem em
cardiologia. Em 30 de março de 2020, foi diagnosticado com Covid-19, doença
causada pelo novo coronavírus. Posteriormente, em 8 de abril, recebeu alta após
ser administrado medicamentos (sulfato de hidroxicloroquina + azitromicina).
Formado
em medicina pela Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, com mestrado e
doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP), hoje é professor livre-docente pela
Faculdade de Medicina da USP e professor titular na FMABC, dirige o Instituto
de Infectologia Emílio Ribas, além de integra o corpo clínico do Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo. Uip também atende na clínica Prof. David Uip, nos
Jardins, Zona Oeste da capital paulista. Respeitado internacionalmente por seu
trabalho no combate à Aids, o infectologista fundou e dirigiu, por oito anos, a
Casa da Aids, unidade de tratamento gratuito que é referência na prevenção e
tratamento da doença. Em 2003, coordenou o esforço de cooperação para conter o
avanço do vírus HIV em Angola, na África. Em 2013, foi nomeado secretário da
Saúde de São Paulo, pelo então governador Geraldo Alckmin. Na pasta coordenou
as políticas de enfrentamento às epidemias de dengue, H1N1, Chikungunya, Zika e
Febre Amarela. Deixou a pasta em 2018, quando Márcio França assumiu o governo
estadual. Atualmente é diretor da Faculdade de Medicina do ABC, o FMABC, e
compõe o corpo clínico Hospital Sírio-Libanês. É um dos principais
representantes do estado de São Paulo durante a pandemia de Covid-19 no Brasil,
sendo que foi diagnosticado positivo para a doença em 23 de março de 2020. Com
informações do G1 Bahia e TV Sudoeste.
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