Ford anuncia fechamento de fábrica no Brasil
A Ford anunciou nesta
segunda-feira (11) que vai fechar suas fábricas no Brasil. No País, a empresa
também manterá apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo
de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo.
“A Ford está presente há
mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações
muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e
sustentável”, disse em nota Jim Farley, presidente e CEO da Ford.
“Estamos mudando para um
modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil. Vamos também
acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade,
eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade
de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro.”
A produção será encerrada
imediatamente nas unidades de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), mantendo-se apenas
a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos
estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte (CE) continuará
operando até o quarto trimestre de 2021.
Como resultado, a Ford
encerrará as vendas do EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques. As
operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações de vendas
em outros mercados da América do Sul não serão impactadas.
Em decorrência desse
anúncio, a Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas
não recorrentes, incluindo cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em
2021.
Aproximadamente US$ 1,6
bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos
fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. Os valores
remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa
e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e
outros pagamentos.
Em nota, a empresa disse
ainda que irá trabalhar em colaboração com os sindicatos e outros parceiros no
desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do
encerramento da produção.
“Nosso dedicado time da América do Sul fez progressos significativos na transformação das nossas operações, incluindo a descontinuidade de produtos não lucrativos e a saída do segmento de caminhões”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. (F: Istoé)
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