Morre Maguito Vilela, prefeito licenciado de Goiânia
O
ex-governador de Goiás e prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB),
faleceu aos 71 anos, nesta quarta-feira (13). A informação foi confirmada pelo
secretário de Comunicação da capital, Bruno Rocha Lima. O político estava
internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em
São Paulo, lutando contra uma infecção pulmonar, em decorrência da Covid-19, da
qual já havia se recuperado.
A
nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da capital informou que “a
família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele
deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal”.
O
Hospital Albert Einstein confirmou a morte do político. Segundo a unidade de
saúde, ele faleceu às 4h10 desta quarta-feira. Ele estava internado na unidade
de saúde “desde o dia 27 de outubro para tratamento da Covid-19”.
Maguito
perdeu duas irmãs para a Covid-19 em agosto de 2020, com menos de dez dia de
diferença. No dia 19, morreu Nelma Vilela Veloso, de 76 anos, tinha diabetes e
problemas pulmonares, comorbidades que agravaram o quadro. Já no dia 28, a irmã
mais velha, Nelita Vilela, de 82 anos, também faleceu.
Maguito
passou por vários cargos públicos em Goiás: vereador, prefeito, governador e
senador. Ele ainda foi professor e advogado; relembre a carreira dele.
Internações e tratamento
Luiz
Alberto Maguito Vilela testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro de
2020. Dois dias depois, ele foi internado em um hospital de Goiânia.
No
dia 27 de outubro, o político recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos
pulmões e um alerta para o nível crítico de saturação de oxigênio no sangue. No
mesmo dia, ele foi transferido para São Paulo.
Maguito
foi entubado três dias depois, após piora no quadro respiratório. No dia 8 de
novembro, ele foi extubado, mas o político ainda precisava de suporte de
oxigênio.
Porém,
no dia 15, data do primeiro turno da eleição, o emedebista foi entubado pela
segunda vez para fazer uma broncoscopia para verificar as causas da piora na
inflamação dos pulmões.
Já
no dia 17, Maguito começou um tratamento respiratório com uma máquina chamada
ECMO, que funciona como os pulmões e o coração de forma artificial. Além do
procedimento, o político passou por uma hemodiálise para ajudar as funções dos
rins.
No
dia 24, ele passou por uma cirurgia de traqueostomia, que consiste em abrir um
pequeno buraco na garganta, diretamente na traqueia, para auxiliar na
respiração.
Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.
No
dia 9 de dezembro, os médicos começaram a redução intensa dos sedativos. O
filho, Daniel Vilela, chegou a dizer que o pai demonstrou plena consciência
sobre ser o prefeito eleito de Goiânia.
Em
11 de janeiro, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por
uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais
hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos
sedativos.
Após
80 dias internado, Maguito teve uma piora no quadro de saúde com uma infecção
nos pulmões provocada por bactérias e fungos. A equipe médica iniciou
tratamento com antibióticos e remédios vasoativos para controlar a pressão
arterial de forma artificial.
Em
agosto deste ano, duas irmãs de Maguito morreram em decorrência da Covid-19 em
um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí.
O
advogado e político goiano Luiz Alberto Maguito Vilela, de 71 anos, nasceu em
Jataí, no sudoeste do estado, em 24 de janeiro de 1949. Ele foi casado com
Sandra Regina Carvalho Vilela. Após a separação, casou-se com Carmen Silva, com
quem viveu até 2013. Atualmente era casado com Flávia Teles.
Ele
deixa quatro filhos: Vanessa, Daniel, Maria Beatriz e Miguel; e uma enteada:
Anna Liz.
Carreira política
Maguito
já foi eleito vereador, deputado estadual e federal e vice-governador. Também
foi governador de Goiás entre 1995 a 1998, quando disputou e ganhou a eleição
para senador. Em 2007, foi nomeado por Guido Mantega, então ministro da
Fazenda, como vice-presidente do Banco do Brasil.
Antes
de disputar a eleição desde ano, foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia,
na Região Metropolitana da capital, por duas vezes, em 2008 e 2012. (Fonte: G1)
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