Covid-19: Primeiros casos das variantes delta e beta são detectados na Bahia
Amostras
das variantes delta e beta foram detectadas pela primeira vez na Bahia,
conforme informou a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), nesta quinta-feira
(26).
De
acordo com a pasta, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA)
fez a detecção de três amostras da variante delta e uma beta, por meio de
sequenciamento genético.
Conforme
detalhou a secretária estadual da Saúde em exercício, Tereza Paim, um caso foi
registrado em Feira de Santana, outro em Vereda e outros dois foram de
tripulantes de um navio.
"Dois
tripulantes de um navio com bandeira estrangeira testaram positivo para a
variante delta e beta, porém, neste caso, a embarcação estava em isolamento,
impossibilitando contactantes. Já as duas outras amostras [da variante delta]
foram detectadas em pacientes residentes nos municípios de Feira de Santana e
Vereda", explicou Tereza Paim.
Como
medida de contenção, a Sesab informou que fará o rastreamento, por meio de
teste de antígeno e RT-PCR, nas regiões onde foram detectadas as variantes.
Todos
os pacientes internados nas UTIs com Covid-19 terão amostras colhidas e
sequenciadas para identificação do tipo da variante.
"É
preciso que os municípios acelerem a vacinação para impedir o avanço de novas
cepas, bem como manter o distanciamento social, higienizar frequentemente as
mãos e continuar usando máscara", ressalta Paim.
A
secretária explica ainda que, apesar da detecção dessas variantes, a Gamma
(antiga P.1, originária em Manaus) ainda é responsável por quase 80% das
infecções no estado.
No
início de julho deste ano, a Seab informou que o estado não tinha circulação da
variante delta e que as amostras analisadas continham genomas completos do
Sars-CoV-2, a partir das quais foi possível identificar que circulam no estado
23 linhagens diferentes do vírus da Covid-19. Entre elas, as variantes Alpha
(Reino Unido) e Gamma (Manaus). Com o avanço da delta no país, mais um mês
depois, a Bahia registra os primeiros casos.
O
Lacen-BA, reconhecido como a 3ª maior unidade de vigilância laboratorial do país
e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde,
analisou amostras de mais de 150 municípios dos nove Núcleos Regionais de
Saúde. Em 11 meses, o laboratório já realizou 520 exames de sequenciamento
genético do vírus da Covid-19.
A
escolha das amostras para o sequenciamento foi baseada na representatividade de
todas as regiões geográficas do estado da Bahia, casos suspeitos de reinfecção,
amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos
portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de
circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos.
Reforço da imunização
O
governador Rui Costa se reuniu com técnicos da Sesab e propôs o início imediato
da terceira dose em todos os municípios que já alcançaram a faixa etária de 18
anos. Das 417 cidades baianas, 281 já vacinam moradores de 18 anos.
A
medida será pauta da reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) prevista
para sexta-feira (27). De acordo com a secretária estadual da Saúde em
exercício, Tereza Paim, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com
uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da
Janssen ou da AstraZeneca.
A
dose de reforço está estimada para um público superior a 950 mil baianos, e a
ação será destinada a todos os indivíduos imunossuprimidos, após 28 dias da
segunda dose, e para pessoas acima de 70 anos vacinadas há 6 meses. (G1 Bahia)
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