Bahia: Fenômenos da natureza são registrados durante chuva em Rafael Jambeiro
No
último domingo (24), estava muito nublado e ocorreram leves pancadas de chuva
pela manhã na roça de Rafael Jambeiro, interior da Bahia.
O
tempo continuou nublado com muitas nuvens Cumulus e Stratocumulus por um tempo,
mas depois o Sol começou a aparecer e esquentar.
Com
o passar das horas, as nuvens Cumulus ficavam cada vez maiores e geravam
cortinas de chuva isoladas; e na frente do Sol, nuvens Cirrostratus passaram e
geraram um halo de 22°.
Depois,
uma nuvem Cumulonimbus foi vista se formando, com uma nuvem Cumulus congestus
na sua frente, que também se tornou uma nuvem Cumulonimbus. Com isso, várias
nuvens Altocumulus e Stratocumulus se formaram.
Com
o tempo, muitas nuvens Cumulus congestus se formaram ao redor e se tornaram
nuvens Cumulonimbus.
Uma
dessas nuvens Cumulus congestus se tornou uma bela e moderada nuvem
Cumulonimbus, que gerou uma intensa cortina de chuva, um belo raio nuvem-solo e
muitas trovoadas. Daí, outra nuvem Cumulonimbus, só que fortemente inclinada,
se formou ao lado desta tempestade moderada. Esta nuvem Cumulonimbus fortemente
inclinada gerou trovoadas, e gerou precipitação na parte da inclinação.
Essas
tempestades, tanto a que estava moderada quanto a que estava fortemente
inclinada estavam com características semelhantes a de supercélulas. A moderada
estava com bases um pouco arredondadas, e a que se formou primeiro ao lado dela
estava fortemente inclinada, o que é características de supercélulas. Mas, elas
não eram supercélulas, já que a "qualidade da parte superior" não era
de supercélulas.
Pouquíssimas
pessoas conhecem essa forma de identificação de supercélulas, que chamamos de
"qualidade da parte superior". Mas, esperamos que a ciência explique
um dia sobre essa "qualidade" e que as pessoas apaixonadas pelo clima
também conheçam ela.
Do
outro lado da tempestade moderada, outra estava se formando. Esta também gerou
trovoadas, e relâmpagos, raios nuvem-nuvem e um raio nuvem-solo foram vistos
nela.
Os
relâmpagos nela foram vistos por volta das 17:00 até por volta das 23:00. Nesse
período da noite, outras nuvens Cumulonimbus também se formaram, a qual foram
vistos relâmpagos e raios nuvem-nuvem.
A
trovoada é uma descarga de eletricidade produzida por uma tempestade. Durante o
desenvolvimento da tempestade, muitas partículas pequenas de gelo dentro das nuvens
da tempestade se chocam.
Essas
colisões criam uma carga positiva na parte superior da nuvem e uma carga
negativa na parte inferior. À medida que esse processo continua, é formada uma
segunda carga positiva no chão embaixo da nuvem. Essa carga se concentra em
volta dos objetos mais altos, como montanhas, árvores, prédios, equipamentos e
até pessoas.
Quando
a diferença entre as cargas elétricas na nuvem e no chão se torna grande o
bastante para superar a resistência do ar de isolamento entre elas, uma
corrente elétrica flui instantaneamente.
O
potencial elétrico em uma trovoada pode ser de até 100 milhões de volts. As
trovoadas podem ocorrer por distâncias de até 60 km. O relâmpago viaja tanto à
frente quanto atrás de uma tempestade, por isso, as trovoadas podem acontecer
antes ou depois da chuva. O relâmpago pode atingir o mesmo local e geralmente
espalha-se por 18 m pelo solo em volta do ponto atingido.
O
trovão sempre acompanha o relâmpago. Quando ocorre um relâmpago, o ar pelo qual
ele passa é instantaneamente aquecido a uma temperatura em excesso de 28.000
ºC.
O
ar expande rapidamente devido a este aquecimento e, em seguida, contrai
rapidamente ao esfriar. (Reportagem e foto: Maikon Souza)
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