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Nuvens Cumulus congestus, entre outros fenômenos são registrados durante tempestade em Santo Estêvão, interior da Bahia

 

Na última sexta-feira (24), estava chovendo, relampejando e trovejando pela manhã no município de Santo Estêvão, interior da Bahia.

No primeiro dia do Verão 2021/2022, que começou na última terça-feira (21) não foram vistas nuvens Cumulonimbus no município.

Na última sexta-feira, pela manhã, dava pra ver apenas um céu cinzento, devido a chuva. Antes de começar a relampejar e trovejar, já estava chovendo no município de Santo Estêvão. Com o passar do tempo os fenômenos passaram.

Pela tarde, nuvens Cumulus congestus começaram a se formar. Uma delas chegou em cima do município de Santo Estêvão com uma pancada de chuva. Neste  momento houve queda de energia na rua em que as nuvens estavam sendo observadas e registradas.

Logo depois que essa nuvem Cumulus congestus passou, uma nuvem Cumulonimbus (nuvem que provoca as trovoadas) foi vista ao lado.

"Havia muitas nuvens Cumulus congestus com grande potencial para se tornarem nuvens Cumulonimbus. Por causa da passagem de muitas dessas nuvens de chuva com potencial grande de se tornarem nuvens de tempestades, o solo encharcado e o calor naquele momento, a sensação era de que uma forte tempestade passaria no município" disse o Observador do Tempo de Santo Estêvão.

Uma nuvem Cumulus congestus bem carregada passou no município com uma pancada de chuva com alguns pingos grossos. Depois que se deslocou para fora do município, provavelmente se tornou uma nuvem Cumulonimbus, pois foi vista uma bem perto, na direção em que a nuvem Cumulus congestus tinha se deslocado.

Alguns minutos depois, foi vista uma coloração esverdeada bem fraca na cortina de chuva da nuvem.

Outra nuvem Cumulus congestus carregada se aproximava. Ela tinha uma aparente nuvem parede e nuvens scud na base.

As nuvens parede são famosas por muitas vezes causarem tornados. Geralmente estão associadas às supercélulas, mas também podem se formar em nuvens Cumulonimbus não-supercelulares e Cumulus congestus.

No município parece que as trovoadas foram ouvidas apenas depois das nuvens Cumulonimbus se afastarem mais, pois elas ainda estavam "jovens" quando estavam bem próximas ao município e também estavam se deslocando rápido.

As nuvens de tempestades estavam associadas a uma Frente Fria e a uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

As chuvas voltaram a causar estragos no interior da Bahia. Desde a última quinta-feira (23), prefeituras de várias cidades vêm alertando para o aumento no nível dos rios.

Nesta última sexta-feira (24), alguns municípios voltaram a registrar alagamentos e interdições. Em alguns locais, moradores precisaram se locomover usando barcos. Ao todo, a Defesa Civil informou que há 66 cidades em situação de emergência.

As chuvas retornaram com força na última quinta-feira. Com isso, subiram os números de desabrigados e desalojados.

Até a tarde desta última sexta-feira, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado (Sudec) e as prefeituras dos municípios atingidos contabilizaram 4.185 desabrigados e 11.260 desalojados. Todos tiveram de deixar suas casas, mas, no caso dos desabrigados, os cidadãos necessitam de assistência do governo para ter uma moradia temporária.

O número de feridos subiu para 286 e a população total atingida chega a 378.286. Desde o início do mês, 17 pessoas morreram em decorrência dos estragos causados pelas nuvens de tempestades.

"É importante ressaltar que estes números sempre irão sofrer mudanças. Desta vez, o aumento também ocorreu porque, felizmente, as pessoas estão entendendo a necessidade de sair das suas habitações, que estão situadas em áreas de risco, e procurarem abrigos oferecidos pelas prefeituras ou casas de parentes e amigos quando chove", afirmou o superintendente da Sudec, coronel Miguel Filho.

As enchentes que atingem o sul baiano desde meados de dezembro - e que também foram registradas no norte de Minas Gerais - foram provocadas por um ciclone extratropical formado na costa sul do país - o volume de chuvas chegou a 450 mm em Itamaraju. De acordo com o prefeito de Camacan, Paulo do Gás (Podemos), estas são as piores inundações dos últimos 35 anos.

Em Medeiros Neto, o avanço das águas dos rios Água Fria e Itanhém começou no início da semana. Nesta última sexta-feira, o centro da cidade ficou inundado e moradores usaram canoas para atravessar as ruas. Outros municípios, como Conceição do Jacuípe, Feira de Santana, Pedrão e Eunápolis, também registraram inundações na véspera de Natal.

Em comunicado, a Prefeitura de Eunápolis informou que "a Defesa Civil está acompanhando e monitorando áreas de risco; maquinários têm sido usados para o escoamento das águas; canos e tubulações foram destinados para vazão do acúmulo de água na Lagoa do Vivendas Costa Azul, e em outros locais da cidade".

"Ninguém imaginava um Natal nestas condições climáticas", disse a prefeita Cordelia Torres (DEM-BA).

Em Amargosa, no centro-sul do estado, as chuvas também elevaram o nível dos rios e represas.

 

"A força da água ninguém imagina. Algumas comunidades sem possibilidade de acesso", relatou o prefeito Júlio Pinheiro (PT-BA).

Ainda segundo ele, uma família com sete crianças conseguiu escapar ilesa depois que a casa onde moravam na comunidade do Julião desmoronou. Alguns moradores da região de Pancada no Ribeirão, zona rural da cidade, registraram o grande volume de água do Rio Ribeirão.

Cumulus congestus - São nuvens Cumulus que possuem fortes correntes de ar ascendente e contornos geralmente nítidos, e frequentemente possuem grande extensão vertical.

A protuberante parte superior da nuvem Cumulus congestus frequentemente se assemelha a uma couve-flor.

Nuvens Cumulus congestus podem produzir precipitação na forma de pancadas de chuva ou neve. Nos trópicos, eles geralmente liberam chuvas abundantes na forma de aguaceiros.

Nuvens Cumulus congestus às vezes se assemelham a torres estreitas e muito altas. Os topos dessas torres podem se destacar sucessivamente do corpo principal da nuvem. Eles são então carregados pelo vento e geralmente se desintegram rapidamente, ocasionalmente produzindo virga.

Nuvens Cumulus congestus geralmente resultam do desenvolvimento de nuvens Cumulus mediocris ou, raramente, de nuvens Altocumulus castellanus ou Stratocumulus castellanus.

Se uma nuvem Cumulus congestus tiver correntes de ar ascendentes fortes o suficiente, pode se tornar uma nuvem Cumulonimbus, capaz de gerar chuva forte, raios, relâmpagos, entre outras condições meteorológicas perigosas. (Reportagem e fotos: Maikon Souza)





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