Bom Jesus da Lapa: Maior cheia do Rio São Francisco dos últimos 14 anos completa uma semana, e nível aproxima dos 9 metros
Depois
de bater o recorde histórico de cheia dos últimos 14 anos, há
7 dias, o nível do rio São Francisco
continua a subir. Com isso, desaloja cerca de 165 famílias ribeirinhas
em Bom Jesus da Lapa. De acordo dados da Estação Fluviométrica da Agência Nacional
de Águas – ANA, instalada na ponte Gercinco Coelho, o rio atingiu a cota 8,83 metros neste sábado(22),
ficando há poucos centímetros da
cheia de 2007.
Muitos
moradores da Ilha da Mariquinha, Ilha da Cana Brava, Ilha do Banco do Jogo, Ilha do Carrapato e
Ilha da Prata tiveram que deixar suas
casas. Algumas famílias precisaram deixar seus imóveis há cerca de 15 dias. No
entanto, 180 famílias estão em pontos críticos da região, porque se recusaram a
sair de casa. A Ilha de Mariquinha foi uma das várias comunidades afetadas na
cidade, onde cerca de 80 imóveis foram completamente cobertos pela água.
Diante
da situação, a Prefeitura de Bom Jesus da Lapa, por meio de Secretaria
Municipal de Saúde, vem atuando com a realização de várias ações conjuntas, para levar o apoio às
famílias atingidas pela cheia. Segundo a gestão municipal, as ações vão, “desde
abrigos montados para receber as famílias desabrigadas, bem como a distribuição
de alimentos, kits de higiene e limpeza, enxovais para recém nascidos,
cobertores e mosquiteiros”.
Além
das áreas de ilha e alguns locais da margem direta do rio, foi afetada pela enchente a
localidade da Barrinha, onde alguns restaurantes foram tomados pela água.
Existe
uma tendência de estabilização do nível já que após a hidroelétrica de Três Marias registrar um
recorde histórico de vazão afluente no último dia 13, com pico de mais de 9.200
m³/s, a entrada de água no lago diminuiu e já está abaixo da afluência. A
barragem administrada pela Cemig está com 93,57% de seu volume útil.
Além
de Bom Jesus da Lapa, o nível do rio São
Francisco segue em elevação nas cidades de
Malhada e Carinhanha, primeiras a receberem suas águas na Bahia. Assim
como nas cidades do Norte de Minas, a cheia não avança sobre as cidades, no
entanto, dezenas de comunidades ribeirinhas ficaram isoladas ou famílias precisaram ser removidas de suas
casas. (Notícias da Lapa)
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