Covid: SP libera acesso à locais fechados, sem máscaras, exceto nas unidades de saúde e no transporte
O
governador de São Paulo João Doria (PSDB) assinou o decreto que encerra a
obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. A regra passa a valer a
partir desta quinta-feira (17). O uso de máscaras seguirá obrigatório, por
enquanto, apenas em locais destinados à prestação de serviços de saúde e no
transporte público. A máscara torna-se opcional para os outros ambientes como
escolas e comércio.
Onde
a máscara segue obrigatória? Uso obrigatório: ônibus, metrô, trens e
respectivos locais de acesso (embarque e desembarque); hospitais, consultórios,
unidades de saúde. Uso optativo: escolas, escritórios, academias, shoppings,
lojas. “Finalmente sem máscaras! Acabo de assinar decreto que libera
imediatamente o uso de máscaras em locais fechados em SP. O avanço da vacinação
e a queda nas internações e óbitos permitem esta medida. Momento tão esperado
depois de dois anos desafiadores. Estou muito feliz!”, disse Doria no Twitter.
Em nota divulgada à imprensa, o governador afirmou que tomou a decisão após orientação
do comitê científico.
“Recebi
hoje à tarde uma nota técnica do Comitê Científico que demonstra uma melhora
consistente na situação epidemiológica no Estado. Por isso decidi, com respaldo
desses cientistas e médicos, abolir imediatamente a obrigatoriedade do uso de
máscara em todos os ambientes, com exceção de unidades de saúde, hospitais e
transporte público”, disse Doria. A nota técnica do comitê afirma que, 14 dias
após o carnaval, “constatou-se manutenção do padrão de melhora progressiva dos
indicadores epidemiológicos, conforme observado durante as semanas que antecederam
aludido feriado, indicando que a transmissão do Sars-Cov-2 no Estado de São
Paulo segue em redução progressiva.” A obrigatoriedade do uso do item de
proteção em locais abertos já havia sido extinta no dia 9 de março.
Liberação
começou há 1 semana
Na
semana passada, a gestão estadual havia afirmado que o uso da máscara ainda
seria obrigatório nas escolas, mas que poderia retirar totalmente a
obrigatoriedade nas próximas semanas, caso os indicadores da pandemia
permanecessem em queda. “Com o crescimento da vacinação de crianças de 5 a 11
anos, possivelmente em duas semanas o governo pode avaliar a liberação do uso
completo de máscaras. Mas isso vai depender da consciência de cada pessoa. Se
tudo continuar correndo bem, até o dia 23 de março, São Paulo pode anunciar a
liberação completa do uso de máscaras em todos ambientes e em todas as
circunstâncias”, disse.
A
liberação das máscaras era estudada desde o final do ano passado pelo Comitê
Científico que orienta a gestão de João Doria (PSDB). Com a chegada e o avanço
da variante ômicron, porém, o governo decidiu manter a regra, inicialmente
prevista até o final de março. Desde a semana passada, porém, Doria já
sinalizava com otimismo mudança na regra. Como mostrou o g1, a região
metropolitana de São Paulo registrou no começo deste mês a menor média móvel de
novas internações por Covid-19 desde o início da pandemia. Foram, em média,
145,8 hospitalizações provocadas pela doença no dia 6 de março. O melhor índice
anteriormente era de 146,28 no dia 5 de dezembro de 2021. No pior momento da
pandemia, em março de 2021, o índice chegou a ser de 1.819 novas internações
diárias na Grande SP. Na época, o estado enfrentou esgotamento de leitos e ao
menos 230 pessoas com Covid-19 ou suspeita morreram na fila por um leito de UTI
na região metropolitana. O uso obrigatório de máscara de proteção contra o
coronavírus começou no transporte público na Grande São Paulo, no dia 4 de maio
de 2020. Três dias depois, no dia 7 de maio, passou a ser obrigatório em todo o
estado nas ruas, locais públicos, estabelecimentos, repartições públicas
estaduais e no transporte por aplicativo.
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