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Dinheiro esquecido: Maioria tem até R$ 1 'esquecido' em bancos para receber, mas 1,3 mil têm mais de R$ 100 mil, diz BC

A maior parte daqueles que consultaram o site do Banco Central (BC) que mostra dinheiro "esquecido" no sistema financeiro tem valores até R$ 1 para receber — nesta faixa, estão 13,8 milhões de consumidores, que totalizam R$ 5 milhões em saldos a serem devolvidos.

Na outra ponta, de acordo com a autoridade monetária, a menor parcela (1.318 cidadãos) tem recursos acima de R$ 100 mil a serem restituídos, o equivalente a R$ 279 milhões.

Segundo levantamento do BC divulgado nesta segunda-feira, 27,3 milhões pessoas encontraram saldos, que somaram R$ 3,28 bilhões em 32,3 milhões de consultas. Desse total, 36 mil pessoas têm acima de R$ 10 mil e abaixo de R$ 100 mil para receber (R$ 863,3 milhões).

"A quantidade total na tabela (32,3 milhões) é superior ao total de CPFs beneficiados (27,3 milhões) porque um mesmo CPF pode ter mais de um valor a receber", afirmou a autarquia.

Pela ferramenta do BC, 364,8 mil pessoas encontraram valores entre R$ 1.000 e R$ 10 mil (R$ 975,9 milhões) e 2,74 milhões têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 (R$ 855,2 milhões).

Aqueles que possuem mais de R$ 10 até R$ 100 somam 6,6 milhões (R$ 265 milhões). Entre R$ 1,01 e R$ 10, são 8,7 milhões de beneficiários (R$ 36,1 milhões).

Segundo o BC, os números do levantamento representam o total de toda a primeira fase.

A solicitação do recebimento dos recursos começou em 7 de março. Para pedir a devolução ou fazer a consulta, o interessado deve acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br.

Para pedir o saque, o consumidor precisa ter login nível prata ou ouro no portal do governo Gov.br. As classificações são feitas de acordo com o nível de verificação e confiabilidade dos dados informados pelo cidadão, como validação facial via aplicativo, com base na CNH ou checagem de dados via internet banking de banco credenciado.

Se a pessoa ainda não possuir conta nesse nível, deve seguir as instruções para aumentar o nível (se a conta for bronze) no site ou no aplicativo Gov.br. O BC orienta que o cidadão não deixe a elevação do nível do cadastro para o dia do resgate.

No momento da consulta, as datas são geradas apenas para quem tem dinheiro no sistema. Nesse primeiro momento, quem tem login bronze consegue ver se tem ou não valores a receber, mas precisa elevar o nível para pedir o ressarcimento.

Aqueles que acessaram o sistema e não encontraram recursos poderão consultar novamente quando a autoridade monetária liberar nova etapa.

O BC estima que há cerca de R$ 8 bilhões em valores a serem devolvidos, mas nesta primeira fase do serviço estão disponíveis R$ 4 bilhões, que inclui 2 milhões de pessoas jurídicas. O acesso aos outros R$ 4 bilhões, que inclui 2 milhões de pessoas jurídicas. O acesso aos outros R$ 4 bilhões será liberado nas próximas etapas.

Em mensagem no site, o BC informou que novo acesso poderia ser feito a partir de 2 de maio para saber se terá recursos a serem restituídos em "novo período de consulta".

O Sistema Valores a Receber (SVR) foi suspenso em 25 de janeiro, um dia depois do lançamento, e voltou a funcionar no último dia 14. Na época, o excesso de demanda derrubou o site do BC, que ficou mais de 24 horas fora do ar. Para resolver o problema, a autoridade monetária criou um site específico no domínio Gov.br.

Quando o sistema foi lançado, o BC informou que na primeira etapa constam valores remanescentes de contas encerradas, tarifas e parcelas cobradas indevidamente (previstas em termo de compromisso com o BC), cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Nas próximas fases, conforme divulgado pela autarquia na época, serão disponibilizados para consulta valores decorrentes de tarifas e parcelas cobradas indevidamente (previstas ou não em termo de compromisso), contas em instituições de pagamento ou corretoras de investimento encerradas com saldo remanescente e outras situações que impliquem em valo res a devolver.

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