Bahia registra primeiro caso de varíola dos macacos
A
Bahia registra o primeiro caso de varíola dos macacos, a partir de teste
analisado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do estado. A informação foi
confirmada nesta quarta-feira (13) pela Secretaria Estadual de Saúde.
O
paciente mora em Salvador e chegou a ser internado em um hospital particular,
com sintomas como febre alta, erupções pelo corpo e adenomegalia – que é o
inchaço nas glândulas do pescoço, por causa da infecção. Segundo a Sesab,
atualmente este homem está em isolamento domicilar.
A
secretaria informou ainda que as pessoas que tiveram contato com o paciente
estão sob monitoramento e também estão isolados. Além disso, há outros dois
casos suspeitos de infecção pela Monkeypox, sem ligação com o caso já
confirmado. Os resultados dos exames sairão nos próximos dias.
A
Monkeypox se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os
principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e nas
costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada com
sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente dividida em dois períodos:
Invasão,
que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e
astenia intensa;
Erupção
cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem
características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na
evolução uniforme das lesões.
O
que é a varíola dos macacos?
A
varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo
com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
Por
contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo
através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo
uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal
mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de
desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
De
pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e
pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o
contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar
partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a
varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por
materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou
lençóis;
Da
mãe para o feto através da placenta;
Da
mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras,
lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o
vírus pode se espalhar pela saliva.
Isolamento
– Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com
boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e
cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar
a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.
Além
disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia,
preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas
de papel descartável para secá-las.
Quem
estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal,
talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser
reutilizados após higienização. (g1 Bahia)
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