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Baianópolis, no oeste da Bahia, foi a que mais devastou a Mata Atlântica no Brasil, aponta fundação

 

A cidade de Baianópolis, no oeste da Bahia, foi a que mais devastou a Mata Atlântica em todo o país, segundo estudo da fundação SOS Mata Atlântica. Em um ano, quase 1.700 hectares de floresta no município viraram pastagem.

Entre 2020 e 2021 o Brasil perdeu 12,5% dos mais de 1 milhão e 100 mil km2 de florestas da Mata Atlântica. O bioma que corta o país de norte a sul, tem na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, dez municípios responsáveis por essa devastação.

No topo da lista medida pelo instituto SOS Mata Atlântica esta baianópolis, cidade com quase 14 mil habitantes, no oeste da Bahia. O município com 100 mil m2, destina 70 mil hectares para a produção de grãos ( 30 mil hectares) e para a criação de gado (40 mil hectares).

Em apenas um ano, 1.700 hectares de floresta viraram pastagens. É o mesmo que desmatar quatro campos de futebol, por dia, em um curto espaço de tempo. Um ano antes, na mesma região, a área desmatada era de apenas 30 hectares.

O estudo aponta um aumento é de mais de 5.500%. Os dados foram contestados pelo secretário de meio ambiente do município, Luís Henrique Costa.

"Reconhecemos o desmatamento que vem acontecendo algumas vezes de forma ilegal, mas não de Mata Atlântica. O que nós temos aqui, o bioma é o cerrado".

"No ano passado nós tivemos uma grande operação envolvendo o Ibama, foi feito um pente fino em Baianópolis, onde muitas propriedades som esse tipo de situação irregular foram notificados e multados", disse ainda o secretário.

Outros seis municípios baianos integram a lista com mais 1.400 hectares desmatados:

Cotegipe 445 hect.

Wanderley 431 hect.

São Félix do Coribe 175 hct.

Brejolândia 149 hect.

Carinhanha 116 hect.

Tapiramutá 99 hect.

O desmatamento afeta a qualidade de vida das famílias, principalmente da zona rural. Atualmente, quase 70% da população brasileira vive nesses territórios e dependem do bioma para sobreviver.

Para o representante do SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, a falta de fiscalização pode causar danos irreversíveis.

"Espécies que foram extintas a gente não vai recuperar, espécies de plantas e animais que a gente já eliminou da natureza, mas a gente tem primeiro que acabar com o desmatamento. A gente tem condições de fazer isso, principalmente na Mata Atlântica e o caminho de retorno é a restauração", apontou. (g1 Bahia)


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