Barreiras: Estudante esfaqueia colega dentro da sala de aula em escola municipal
O
fato ocorreu por volta das 16 horas e 15 minutos desta quinta-feira (06), em
uma das salas de aula do sétimo ano, no pavilhão superior do Colégio Municipal
Padre Vieira. Segundo informações policiais, o infrator, um estudante de 14
anos, desferiu dois golpes de faca contra o seu colega de classe, de 15 anos,
no instante em que a vítima estava sentada, aguardando a troca de professores
para aula seguinte. Colegas de classe informaram que, ambos tiveram uma
desavença e trocaram empurrões na última segunda-feira, provavelmente por
bullying. A diretora da escola, Lúcia Valéria Oliveira da Silva, diz que,
somente hoje ficou sabendo da briga por meio dos alunos, e que o agressor
estava revoltado porque o colega o apelidou de “dentuço”.
Após
agressões, o autor evadiu-se do local, provavelmente pelo portão da frente, no
instante em que uma mãe de aluno entrava na escola, e tomou rumo desconhecido.
O menor lesionado recebeu assistência de professores, que conseguiram estancar
o sangue usando a própria camisa dele, o qual em seguida recebeu os
primeiros-socorros do SAMU e foi encaminhado para o Hospital do Oeste.
Lucia
ainda informou que apesar da médica plantonista do Hospital do Oeste ter
declarado que as lesões não oferecem risco de morte ao garoto, coordenadores da
escola solicitaram a realização de todos os exames necessários para
diagnosticar de forma precisa o estado de saúde do estudante, apenas para desencargo
de consciência. “Ele estava consciente, conversando a todo tempo. Só não queria
que chamasse a mãe, com medo dela ficar muito nervosa”.
“Estava
apenas aguardando a realização de exames de imagem para ser liberado. Não
atingiu nenhum órgão, não corre risco de vida, graças a Deus, e se tudo correr
bem, ainda hoje ele estará em casa”, observou a diretora da unidade de ensino.
A
faca usada na lesão corporal foi encontrada ao lado do muro na área externa da
unidade de ensino, onde foi recolhida por policiais da 84ª Companhia
Independente da Polícia Militar e apresentada no complexo policial do bairro
Aratu (11ª COORPIN). Colegas declararam que ele mantinha a arma escondida na
mochila.
A
diretora informou o caso imediatamente aos pais dos dois alunos, acionou o
Conselho Tutelar, a Guarda Civil Municipal e Central da Polícia Militar. Apesar
de a área ser de cobertura da 83ª CIPM, uma guarnição comandada pelo Cabo/PM
Jailes da 84ª CIPM, foi destacada para ir ao local por estar mais próxima.
Lúcia
Valéria também falou sobre providências que deverão ser adotadas, a partir de
agora, para evitar que haja um novo encontro entre o agredido e o agressor,
dentro do colégio. Cita que, há normas documentadas de convivência na escola,
em que explicita direitos, deveres e a função de cada um dentro do ambiente
escolar, e que vai se basear nele para tomar uma decisão. Em seguida ressaltou
que, por precaução, a família do aluno agressor deverá ser orientada a
transferi-lo para outra unidade de ensino.
Ela
tenta acalmar pais e alunos, falando sobre diferentes tipos de violências que
atingem o dia-a-dia das escolas não só em Barreiras e na Bahia, mas no mundo
inteiro, e que atrapalham o ambiente escolar de exercer sua principal função
social, que é educar. Também pediu mais envolvimento dos pais na educação de
seus filhos, tanto em casa quanto na escola. “Eu peço aos pais que,
despreocupem-se, e não deixem que esse momento se torne algo aterrorizador”,
finalizou Lúcia. (Fonte: Alô Alô Salomão)
Postar Comentário