Barreiras: MPT investiga mortes de trabalhadores sugados por sistema de escoamento de silo de soja em fazenda
O
Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga as mortes de dois trabalhadores
que caíram em um silo de farelo de soja – espécie de reservatório onde grãos
são armazenados fora dos sacos–, em uma fazenda às margens da BR-242, no trecho
da cidade de Barreiras, oeste da Bahia.
O
caso foi registrada no sábado (28). As duas vítimas trabalhavam juntas, quando
caíram e foram sugadas pelo sistema de escoamento da soja. As vítimas foram
identificadas como Arione dos Santos Lima, de 20 anos, e Roberto Pereira dos
Santos, de 45.
O
MPT informou que o nome do empregador responsável pela segurança das vítimas
ainda não foi divulgado, mas que já solicitou as informações à Policia Civil e
ao Corpo de Bombeiros. O órgão também disse que aguardará o relatório de
inspeção dos auditores-fiscais do trabalho, da Gerência Regional do Trabalho de
Barreiras.
Uma
ação judicial poderá ser aberta caso se confirme o descumprimento de normas de
saúde e segurança do trabalho, ou um termo de ajuste de conduta (TAC), a partir
do inquérito do MPT. O silo onde a vítima caiu armazenava 50 toneladas do grão
e tem 20 metros de profundidade.
Por
causa do volume de soja, o Corpo de Bombeiros levou cerca de sete horas para
fazer o resgate. Os grãos foram escoados para o resgate dos corpos das vítimas,
que foram levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A
Delegacia de Barreiras investiga. Ainda não se sabe se as vítimas usavam
equipamentos de proteção individual (EPIs) e nem as circunstâncias da queda.
Caso
semelhante há 15 dias
Um
caso semelhante foi registrado no dia 16 de janeiro, em outra fazenda na cidade
de Luís Eduardo Magalhães. Carleandro Almeida Marques, de 27 anos, caiu no silo
enquanto fazia a manutenção do depósito, que armazenava cerca de 400 toneladas
do farelo.
Na
época, o Corpo de Bombeiros informou que testemunhas relataram que a vítima
teria entrado, por iniciativa própria, sem equipamentos de proteção individual.
Essa versão é investigada pela Polícia Civil e pelo MPT-BA.
Os
bombeiros detalharam que foi necessário cerca de seis horas para retirar as
toneladas de farelo do local, para assim fazer o resgate do corpo da vítima. (g1
Bahia)
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