Bahia: Jornalista Alana Rocha tem carro vandalizado a pedradas em Riachão do Jacuípe
Em
mais um ataque associado à sua atuação profissional, a jornalista Alana Rocha,
teve seu veículo – um GM Kadett – apedrejado, na manhã desta quinta-feira (13),
em Riachão de Jacuípe.
O
ato de vandalismo aconteceu em frente à Gazeta FM, emissora de rádio em que ela
trabalha. O automóvel teve o para-brisa e o vidro lateral da porta do
passageiro destruídos.
Extremamente
abalada, Alana diz não ter dúvida quanto à motivação do ataque. “O trabalho que
faço de jornalismo investigativo, prestação de serviço, e, principalmente,
denúncia, incomoda certos membros da gestão e parte dos vereadores”, avalia.
Embora
alvo de assédio judicial já há algum tempo, a jornalista demonstra surpresa
ante a violência explícita desta quinta-feira. “Eu acho que isso só mostra o
quanto nós, jornalistas, ainda estamos vulneráveis no Brasil. Principalmente
nós, que trabalhamos em cidades do interior de estados do Nordeste.”, entende.
Alana
Rocha
Alana
oficializou a queixa em boletim de ocorrência, registrado no final da tarde, na
Delegacia Territorial de Riachão do Jacuípe, sob o úmero 00234385/2023.
Rede
– Denunciado ao Sinjorba e acompanhado de perto pela Comissão da Mulher do
sindicato, o atentado será levado a conhecimento da Rede de Combate à Violência
contra Profissionais de Imprensa, em sua primeira reunião de trabalho.
Iniciativa conjunta da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Sinjorba, a
Rede “se pretende um espaço interinstitucional de engajamento na luta pela
proteção dos jornalistas e radialistas no estado”, como preconiza sua Carta de
Princípios.
Presidente
do Sinjorba, o jornalista Moacy Neves ressalta que este não é o primeiro ataque
sofrido por Alana. “Desde 2021, que ela é alvo de agressões verbais, atos
difamatórios e de transfobia”, lembra. “Colocamos a estrutura do sindicato à
disposição, prestamos solidariedade, mas entendemos que é preciso ir além. Com
a rede, teremos o suporte necessário para criminalizar e punir esses e
quaisquer outros autores de agressões à categoria”.
Em
28 de abril de 2011, Alana teve o carro pacialmente queimado na porta de sua
casa.
Lançado
no dia 4 deste mês, o coletivo já conta com a adesão de órgãos e instituições
como a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos Estado, polícias Civil e
Militar, Ordem dos Advogados do Brasil (seção Bahia), Defensoria Pública do
Estado, Guarda Civil Municipal. A Rede Bahia de Comunicação, por intermédio do
jornal Correio* e TV Bahia, também participam do grupo. (Fonte: SINJORBA)
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