Macaúbas: TCM mantém liminar e suspende contratação de bandas para São João 2023
Na
sessão desta quarta-feira (03/05), os conselheiros da 2ª Câmara do Tribunal de
Contas dos Municípios ratificaram medida cautelar concedida – de forma
monocrática – pelo conselheiro Fernando Vita, que determinou a suspensão dos
atos administrativos e pagamentos relacionados à contratação de artistas pela
Prefeitura de Macaúbas para as festas juninas. Os contratos foram assinados
pelo prefeito Aloísio Miguel Rebonato, após procedimentos de inexigibilidades
de licitação, para a apresentação da dupla “César Menotti e Fabiano”, da banda
“Fulô de Mandacaru” e do cantor “Caninana” nos festejos de São João deste ano,
ao custo de R$290 mil, R$100 mil e R$120 mil, respectivamente.
O
termo de ocorrência – com pedido liminar – foi lavrado pelos auditores que
atuam na 25ª Inspetoria Regional de Controle Externo do TCM, em razão da
suposta irrazoabilidade dos valores dos contratos firmados pelos
artistas/bandas. A partir de comparativos feitos com outros municípios, os
técnicos constataram que, nos três casos, os valores pagos pela Prefeitura de
Macaúbas superam a média dos cachês cobrados pelos artistas em outras localidades.
Em
relação à dupla “César Menotti e Fabiano”, os técnicos do TCM constataram que a
contratação – no valor de R$290 mil – ultrapassou a média de valores cobrados
em outros municípios, que é de R$87.300,00, violando os princípios da
razoabilidade, proporcionalidade e economicidade. “Se for considerado o cachê
cobrado no último show, a exemplo do ocorrido em 10/2022, no município de
Santana do Deserto – MG, no valor de R$170 mil – o valor cobrado no município
de Macaúbas supera em R$120 mil – não se justificando, assim, o valor cobrado e
a aceitação imediata do contratante”, ressaltou o inspetor da regional.
Na
mesma linha, os valores cobrados pelo cantor “Caninana” e pela banda “Fulô de
Mandacaru” – nos montantes respectivos de R$120 mil e R$100 mil – ultrapassam
os valores médios cobrados, que são de R$56 mil e R$20 mil.
Os
atos seguem suspensos até a decisão final da Corte de Contas, quando do exame
do mérito do termo de ocorrência. Cabe recurso da decisão. (Fonte TCM)
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