Morre modelo e jornalista internada após sofrer AVC. Silicone industrial pode ser a causa
A
modelo e jornalista Lygia Fazio morreu aos 40 anos, nesta quarta-feira (31),
cerca de um mês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. A morte foi
comunicada pelo irmão de Lygia nas redes sociais da modelo. “Infelizmente nossa
guerreira fez a passagem. Agradecemos mais uma vez todo o apoio”, escreveu
George. O velório acontece nesta quinta-feira (1), em Taboão da Serra (SP).
George
vinha usando a rede social da irmã para dar atualizações sobre o estado de
saúde desde sua internação, na data do AVC. Procurado pelo g1, ele não
confirmou a causa da morte da irmã. Na ocasião, ele escreveu que Lygia estava
“sob cuidados médicos intensivos. Está consciente e respondendo muito bem aos
tratamentos. Assim que ela puder, responderá por todas as mensagens”.
Ele
também avisou aos amigos quando ela deixou a UTI e passou para os cuidados da
unidade de terapia semi-intensiva. Na última semana, ele escreveu que a irmã
estava autorizada a receber visitas de amigos próximos. Lygia deixa dois
filhos, Thor e Davi. Amigas da modelo usaram as redes sociais para lamentar e
se manifestar sobre a morte de Lygia. “Até quando esses médicos assassinos vão
colocar PPMA nas pessoas? Isso é crime. Tem que ser proibido. Descanse em paz,
Lygia”, escreveu a apresentadora Flávia Noronha. “Só quem acompanhou sua luta
sabe o quanto você foi guerreira nesses últimos anos. Descanse em paz, minha
queria”, postou Ana Paula Minerato. Em 2022, Lygia foi candidata a Deputada
Estadual em São Paulo pelo PP (Partido Progressista) nas eleições e, atualmente,
estava na lista de suplentes.
‘Silicone
industrial misturado com PMMA’
Segundo
a jornalista Meiri Borges, amiga de Lygia Fazio, a “bomba-relógio da vida dela”
foi o uso de “silicone industrial misturado com PMMA” através de procedimentos
clandestinos. Meiri fez uma série de postagens em sua rede social nos quais ela
conta detalhes da luta de Lygia para tentar retirar o produto ao longo dos
últimos três anos. O depoimento em vídeo foi repostado no Instagram oficial da
modelo.
“Tudo
começou porque ela colocou uma substância no corpo dela pra deixar o bumbum
maior. Ela sempre queria a perfeição, sempre foi muito linda, aquela mulher que
arrancava suspiro por onde passava. Uma mulher belíssima, e aqui não cabe
nenhum julgamento. Ninguém tem o direito de julgar a vida de ninguém”, disse
Meiri. “Ela queria sempre estar mais bonita, se sentir melhor com o corpo dela,
e pra isso ela buscou ajuda de pessoas que não eram profissionais. Por um tempo
acho que os profissionais médicos realmente aplicavam substâncias que eram
legalizadas e tal mas, depois de um tempo, ela queria mais e os médicos não
queriam fazer. E ela foi pra procedimentos clandestinos. E foi a bomba-relógio
da vida dela.”
“Esse produto, que era silicone industrial misturado com PMMA, começou a espalhar pelo corpo dela, deu infecção, uma bactéria. E por esses três anos ela tentou a cura, tentou tirar essa substância, mas não saiu por inteiro, e isso gerou muitas infecções, muitos problemas pra vida dela. Ela teve recentemente um AVC que a deixou hospitalizada”, afirmou Meiri, dizendo ainda que Lygia havia ficado com sequelas na comunicação. Ela conta, ainda, que visitou Lygia no hospital, pela última vez, no domingo (28). E que na terça (30), a modelo apresentou piora, sendo entubada e seguindo novamente para a UTI. (g1)
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