Estado que mais matou em intervenção policial, Bahia diz que não põe 'mortes de inocentes' na mesma conta de 'homicidas' e 'traficantes'
Com
o maior número de mortos em intervenções policiais, o estado da Bahia não
contabiliza as mortes de “pessoas inocentes” na mesma conta de "homicidas,
traficantes, estupradores, assaltantes entre outras pessoas que morreram em
confronto durante ações policiais". As informações são da Secretaria de
Segurança Pública do estado (SSP-BA).
A
diferença na forma de contagem explica o porquê do número de “mortes violentas”
divulgado pela SSP-BA é diferente do divulgado pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
O
fórum contabiliza a soma total de mortes violentas, incluindo homicídios
dolosos; lesões corporais que terminam com morte; latrocínios, que é quando a
vítima é assassinada durante o roubo; mortes de policiais e as causadas por
eles.
Ao
g1, a SSP-BA explicou que entende como morte violenta apenas homicídio,
latrocínio ou lesão dolosa seguida de morte “praticados contra um inocente”, ou
seja, contra pessoas que não entraram em confronto com a polícia.
A
lei prevê que o policial que matar em ação de legítima defesa, seja para se
proteger ou para proteger uma terceira pessoa, não responderá por homicídio.
Porém, a necessidade da ação precisa ser comprovada. Por causa disso, a corregedoria
da Polícia Civil fica responsável por investigar as mortes registradas nesses
confrontos.
Por
causa da diferença na forma de contagem, o Fórum Brasileiro de Segurança
Pública divulgou que 6.659 mortes violentas foram registradas no estado em 2022.
Deste número, 1.464 foram cometidas em intervenções policiais por agentes em
serviço ou fora dele.
Já
a SSP-BA contabilizou 5.167 mortes violentas e não comentou quantas mortes
foram registradas em confrontos policiais. |Fonte: g1 Bahia|
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