Ministério da Saúde prevê pagamento do piso da enfermagem a partir de agosto
O
Ministério da Saúde informou, na última sexta-feira (14), que está em processo
de implementação do piso nacional da enfermagem na folha de pagamento já para
ser incluído no contracheque de agosto. De acordo com a pasta, também foi
realizado, “com êxito”, um amplo processo de levantamento de dados dos
profissionais da enfermagem junto aos estados e municípios para apurar os
valores a serem repassados a cada ente da federação. O piso será pago em nove
parcelas neste ano.
De
acordo com as orientações da Advocacia-Geral da União (AGU), o cálculo do piso
será aplicado considerando o vencimento básico e as gratificações de caráter
geral fixas, não incluídas as de cunho pessoal.
“A
metodologia de repasse aos entes e o monitoramento da implementação do piso em
nível nacional tomará como base um grupo de trabalho com a participação de
diferentes pastas (Ministério da Saúde, Ministério da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos, Ministério do Planejamento e Orçamento, Advocacia-Geral da
União e Controladoria-Geral da União), sob supervisão dos ministérios que
integram a estrutura da Presidência da República e coordenados pela Casa
Civil”, diz o informe divulgado pelo Ministério da Saúde.
Entenda
Em
maio, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF),
liberou o pagamento do piso nacional da enfermagem após o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões
para o pagamento do piso.
Até
então, o novo piso nacional, definido pela Lei nº 14.434, estava suspenso,
desde setembro de 2022, por decisão do próprio Barroso, até que os entes
públicos e privados da área da saúde esclarecessem o impacto financeiro.
Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há
recursos para suplementar o pagamento.
Na
nova decisão, Barroso determinou que estados, Distrito Federal e municípios,
bem como às entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade de implementação do piso
nacional só existe no limite dos recursos recebidos por meio da assistência
financeira prestada pela União para essa finalidade.
Valores
O
novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela lei. Técnicos de
enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de
enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos
setores público e privado.
Dados
do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de
profissionais no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de
enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil
parteiras. |Fonte: Agência Brasil|
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