Eclipse solar no Brasil: saiba horário, onde e como observar o fenômeno deste sábado
No
sábado, 14, o dia vai virar noite em parte do Brasil, em função do Grande
Eclipse das Américas. A Lua vai encobrir o Sol, e de todo o País será possível
ver esse fenômeno - na maioria do território, porém, de forma parcial.
Nove
Estados do Norte e do Nordeste poderão ver o eclipse em seu modo anular, que
será o mais completo. O eclipse anular acontece quando a Lua passa entre a
Terra e o Sol, cobrindo a maior parte do disco solar e deixando apenas um
"anel de fogo" brilhante ao redor da borda.
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Segundo
o Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, o eclipse deve começar por volta das 15 horas (de
Brasília).
Em
parceria com entidades estrangeiras, o Observatório vai transmitir o fenômeno
pelo YouTube durante toda sua ocorrência, mesmo em outros países, a partir das
11h30.
A
anularidade (formação de um "anel de fogo" ao redor da Lua) será
visível em dez países: Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras,
Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil.
Em
outras partes das Américas - do Alasca à Argentina - será possível ver um
eclipse parcial. Daí o fenômeno ter ganho, nesta ocasião, referência às
Américas em seu nome.
Na
costa oeste dos Estados Unidos, o eclipse vai começar às 11h30. Como será
amanhecer lá, o Sol ainda vai estar abaixo do horizonte. Depois, o eclipse vai
seguir pela América Central e Colômbia.
Que
horas é o eclipse solar?
Deve
chegar ao Brasil por volta das 15 horas e seguirá até o pôr-do-sol, por volta
das 18 horas (de Brasília).
A
faixa de anularidade vai passar por nove Estados: Amazonas, Pará, Maranhão,
Piauí, Ceará, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Só
duas capitais poderão ver a anularidade: Natal (Rio Grande do Norte), onde o auge
do eclipse deve ser às 15h45, e João Pessoa (Paraíba), onde o auge vai acontecer
um minuto depois, às 15h46.
As
primeiras cidades brasileiras a ver o eclipse anular em seu auge ficam no
Amazonas - em Tefé, por exemplo, o auge será às 15h11. Essas previsões são da
Nasa, a agência espacial norte-americana.
Em
todo o restante do Brasil será possível ver um eclipse parcial. Na cidade de
São Paulo, por exemplo, o eclipse deve começar às 15h40, terá seu auge às 16h49
e vai terminar às 17h50.
Nas
demais cidades paulistas, a diferença de horários deve ser de apenas alguns
segundos.
Para
saber se o eclipse será visível na sua região, é possível acessar o seguinte
endereço na internet: https://www.timeanddate.com/eclipse/solar/2023-october-14
Nesse
site é possível ver no mapa a trajetória do eclipse, incluindo a faixa de
anularidade e a região da parcialidade, ou seja, os locais onde o eclipse será
apenas parcial.
A
transmissão do Observatório Nacional, numa iniciativa que envolve diversas
instituições brasileiras e uma parceria internacional com o Time and Date,
organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima,
fenômenos astronômicos e fusos horários, vai acontecer pelo seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y
O
eclipse anular ocorre quando a Lua está em seu apogeu (o ponto mais distante da
Terra, em sua órbita). Nesse período, a Lua parece menor do que o Sol no céu. O
último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível no
Brasil. O próximo eclipse deste tipo será em 2 de outubro de 2024.
Como
observar o eclipse solar?
Não
se deve olhar diretamente para o Sol em hipótese nenhuma, nem mesmo com o uso
de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição
ao Sol, mesmo durante poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível.
Existem
duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A
observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com
algum instrumento especialmente adaptado para esse fim. O ideal é que se use
filtros para a observação, e é importante o uso de filtros adequados.
A
melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (verifique se o modelo
tem o certificado de qualidade ISO 12312-2). Mesmo assim, a observação não deve
se estender por mais do que alguns segundos.
Observar
o Sol com algum instrumento óptico, como binóculo ou telescópio, só é permitido
sob orientação de astrônomos experientes e que saberão os filtros corretos a
serem usados. Para a observação, não use nenhum instrumento que não tenha sido
preparado por profissionais.
Já
a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de
qualquer instrumento óptico.
Como
ver o Eclipse Solar com segurança?
Eclipses
solares acontecem quando o Sol ainda está iluminando a Terra. Observá-los sem o
uso de equipamentos para proteção dos olhos pode ser muito nocivo — capaz de
cegar.
E
vale destacar que um simples óculos de Sol, ainda que tenha uma lente com muita
qualidade, não protege os olhos dos raios solares. Existem três formas de
observar o fenômeno em segurança:
Telescópio
com filtro adequado para observação solar;
“Óculos
para eclipse solar”, normalmente vendidos em lojas especialistas em produtos
astronômicos;
Vidros
de soldador número 14 ou superior.
Pode
observar o eclipse solar com óculos de Sol?
Embora
sejam produzidos para proteger a retina dos raios UV, os óculos de sol não
foram feitos para olhar diretamente para o astro rei do nosso sistema solar. A
luz direta contra a retina pode causar danos severos à saúde dos olhos e, caso
a observação do eclipse seja feita sem proteção, pode levar à cegueira.
O
mesmo vale para filmes negativos de fotografia e "chapas" de Raio X.
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